terça-feira, 9 de janeiro de 2018

#067 Reflexão de Ano Novo

A vida tem os seus mistérios e encantamentos e é tão fácil e tão célere alternar entre a euforia e a melancolia. Contudo, no balanço global posso dizer, sem reservas, que sou um homem realizado e cheio de contentamento, eternamente insatisfeito e, ao mesmo tempo, soberbamente complacente, cada vez menos reivindicativo.
Os anos trazem macieza no carácter, aragens brandas e burilamento das imperfeições e rugosidades da alma e do carácter. A sensação de completude nunca é perene, nem tampouco me sinto saciado ante o que a vida ainda me pode proporcionar no resto de tempo que ainda me conserve vivo.
Mas aceito, simplesmente. E existo, com a mesma aceitação humilde. Desejando a novidade a inovação. Mantendo a via verde dos sonhos sempre aberta para que cada amanhecer e cada acordar possam ser uma experiência desafiadora e refrescante. Apenas isso. E isso, parecendo pouco, é tanto e tão imenso.

#066 Regresso

Talvez volte. Talvez não. Quem sabe?